Os pecuaristas brasileiros apresentaram uma série de medidas que já são adotadas na produção de carne no Brasil, aos demais participantes da COP-26, a Conferência do Clima realizada em Glasgow, na Escócia.
Mato Grosso do Sul recebeu destaque. O secretário de Meio Ambiente Jayme Verruck, que participa da conferência, destacou o Plano Estadual MS Carbono Neutro. “Em 2016, anunciamos a proposta de tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro, adotando esse “lema” como uma estratégia de desenvolvimento e política pública. A partir de então, as práticas sustentáveis passaram a ser condicionantes em todos os programas públicos de fomento às atividades econômicas”, disse.
Uma das primeiras ações já em curso envolve a produção pecuária (bovina, suína e aves), que é um dos pilares da economia de Mato Grosso do Sul. Com incentivos fiscais ao setor, condicionados à adoção de modelos produtivos, houve menor impacto de carbono. Além dos ganhos ambientais, houve ainda uma melhoria na produtividade. Alguns dos exemplos são os programas Precoce MS e o Carne Orgânica e Sustentável do Pantanal.
No âmbito do financiamento, nos últimos cinco anos, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), destinou US$ 65 milhões de uma linha de crédito chamada FCO Verde, especificamente para a implantação de projetos de agricultura de baixo carbono e de sistemas de ILPF – Integração Lavoura Pecuária Floresta.
O ILPF é uma tecnologia de produção agrícola inovadora, que protege o solo, mananciais hídricos, captura o carbono gerado pela atividade pecuária e que hoje tem como um dos principais produtos, a Carne Carbono Neutro. Em Mato Grosso do Sul, cerca de 2,5 milhões de hectares de áreas em propriedades rurais utilizam o ILPF – a maior área no Brasil.
Por fim, cerca de 1 milhão de hectares de pastagens degradadas já foram convertidos em áreas agrícolas produtivas, dando solução a um passivo ambiental e econômico. O programa PROSOLO, promove a recuperação de áreas degradadas e a preservação do solo e da água, que além de reter carbono, promove melhoria na fertilidade e na produtividade.